quinta-feira, 15 de março de 2012

lendas de terror da Croacia

A mulher lobo

Havia um moinho encantado, de modo que ninguém poderia ficar lá perto, porque uma mulher lobo o assombrava.  Um dia, um soldado foi para o moinho para dormir. Ele fez uma fogueira na entrada do moinho, subiu ao sótão, e viu um buraco no piso do chão, que dava para a entrada.
A pele está pendurada lá
A loba entrou e olhou em volta, para ver se podia encontrar algo para comer. Ela não encontrou nada, e depois foi em direção ao fogo, e disse: “Sai pele! Sai pele! Sai pele! Sai pele!”.  Ela levantou-se em cima de suas patas traseiras, e sua pele caiu. Ela pegou a pele, e pendurou em um cabide, e fora da pele do lobo surgiu uma moça. A moça foi para perto do fogo, e adormeceu ali.
Ele desceu do sótão, pegou a pele, pregou ela rapidamente na roda do moinho, e em seguida, entrou, gritando por ela, e disse: “Bom dia moça! Como você está?”
Ela começou a gritar, “Venha pele! Venha pele! Venha pele!”  Mas a pele não poderia vir, pois estava pregada.
O par se casou e tiveram dois filhos.
Assim que filho mais velho soube que sua mãe era um lobo, disse a ela: “Mamãe! Mamãe! Ouvi dizer que você é um lobo.”
Sua mãe respondeu: “Que absurdo você está falando! Como você pode dizer que sou um lobo?”
O pai das crianças foi um dia lavrar no campo, e seu filho disse: “Papai, deixe-me ir com você.”
Seu pai disse: “Venha”.
Quando eles foram para o campo, o filho perguntou ao pai: “Papai, é verdade que a nossa mãe é um lobo?”
O pai disse: “É.”
O filho perguntou: “E onde está a sua pele?”
Seu pai disse: “Aí está, pregada na roda do moinho.”
Mal o filho chegou em casa, que ele disse uma vez à sua mãe: “Mamãe! Mamãe! Você é um lobo! Eu sei onde é sua pele.”
Sua mãe lhe perguntou: “Onde está a minha pele?”
Ele disse: “Há, na roda do moinho”.
Sua mãe lhe disse: “Obrigado, meu filho, por me salvar.” Então ela foi embora, e nunca foi se ouviu dela”. (1)


  • Fonte original: A. H. Wratislaw, Sixty Folk-Tales from Exclusively Slavonic Sources (London: Elliot Stock, 1889), pp. 290-291.
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