Kousetsu Hyaku
Monogatari, também conhecido como Requiem from the Darkness. O enredo
nos mostra diversos casos que tratam de temas hostis como incesto,
canibalismo e necrofilia. Possui um traço peculiar e é muito bem feito,
não economizando em cenas brutais e chuvas de sangue, imagens estranhas e
distorcidas que conseguem criar um aspecto aterrador.
No Japão feudal, um
jovem escritor chamado Momosuke anda de terra em terra a fim de coletar
material para conseguir concluir seu sonho; escrever um livro com
histórias assustadoras sobre criaturas sobrenaturais. Quaisquer rumores
de acontecimentos sobrenaturais, ele vai investigar.
Numa de suas viagens,
se depara com um grundo peculiar composto pelo monge Mataichi, um grande
e robusto homem chamado Chouji, com estranhas capacidades, e a bela
Ogin, capaz de controlar pequenos fantoches.
O primeiro
episódio é maravilhoso. Um gancho que te atiça e te deixa com uma
intensa curiosidade. Mas ao acompanharmos o anime, o efeito não progride
nem mesmo regride; continua igual. Monótomo, sempre temos o desejo de
uma grande revelação ou algo fantástico, prometido pelo clima
proporcionado, mas isso jamais chega. Sempre é seguida a mesma fórmula,
do começo ao fim: Momosuke ouve falar de tal lenda, cenas assustadoras
de tal entidade são jogadas na tela, e o estranho grupo revela a
identidade do demônio ou fantasma, frisando ao espectador a opinião de
que não há nada mais sinistro que a maldade humana.
O chato é que
quando você é envolvido pela história sobrenatural apresentada no
início, logo te jogam na cara um assassino e mostram que o paranormal
não existe ali. É realmente massante, sempre a mesma coisa. Sempre bate
na mesma tecla, enfatiza infinitamente que humanos são capazes de atos
malignos e depravados que fariam monstros ficarem acanhados. E assim o
tema é explorado o anime inteiro. Se me permite, lembra muito Scooby Doo
numa versão japonesa para adultos, com cenas fortes.
Requiem from the
Darkess possui essa explícita tendência previsível de conduzir o
espectador às teorias de maldade que em muito se assemelham ao ditado
por Thomas Hobbes em sua famosa obra de princípios absolutistas "O
Leviatã", fazendo mais do que menção à engenhosa afirmação Homo homini lupus, O homem é o lobo do homem.
Relevando essa
tendência, porém, eis um bom anime. De espetacular arte, possui cenários
embriagantes, e o traço das personagens em si é fantástico. As cenas
assustadoras são muito bem trabalhadas, passando longe do ridículo que
muitos animes demonstram. Os demônios, fantasmas e tudo de bizarro são
realmente boas figuras, passando longe do hilário. A trilha sonora, com
exceção da abertura e encerramento em inglês que pouparei comentários, é
ótima e tensa, se encaixando adequadamente nas situações.
Honestamente, acho um
tanto apelativas obras repletas de sangue, mas no caso de Requiem,
combina. Além de ser um ótimo atrativo aos carniceiros fã de Gore.
Ignorando o fato de ser repetitivo, indico. É um ótimo passatempo.
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