Certo dia, alguns parentes de Albert foram visitar sua família. Lenny, primo de Albert, é um garoto que gosta muito de aprontar, e sabendo do que ocorria por lá, esperava uma oportunidade para entrar na casa “assombrada”. E a oportunidade veio. Depois de muita insistência, convenceu Albert e mais um colega, que na noite do dia seguinte, eles entrariam na casa. Nesse meio tempo, arrumaram lanternas e uma filmadora só para registrar tudo o que ocorreria lá dentro.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, depois que os seus pais
foram dormir, Albert e Lenny saíram para se encontrarem com Alex, que
já os esperava na rua. Alex estava acompanhado de seu pai, um homem com
certa idade, mas com espírito jovem. Os quatro se dirigiram até a casa
no fim da rua. Nesse horário, como a rua estava deserta, os rapazes
pularam o muro com facilidade. A grama e as plantas do jardim haviam
crescido muito, e haviam também alguns brinquedos e até uma bicicleta
largados próximo a porta de entrada da casa. Ficaram forçando a porta
até que ela cedesse e eles pudessem adentrar a casa. Ao entrar, um forte
cheiro de mofo foi sentido. Com as lanternas os garotos iluminavam todo
o ambiente, enquanto o pai de Alex começou a filmar tudo. Todos os
móveis e eletrodomésticos estavam no lugar, apenas cobertos por uma
densa camada de poeira. Um clima tenso pairava no ar, mas mesmo assim
eles não desistiram e continuaram a andar pela casa até chegar em uma
escada que leva ao andar de cima. Quando se preparavam para subir,
começaram a ouvir um barulho como se alguém estivesse correndo lá em
cima. Todos sentiram um terrível frio na espinha. Ficaram na dúvida se
subiriam ou não. O medo foi se misturando com a curiosidade, e com a
insistência do pai de Alex, começaram a subir bem devagar. No andar de
cima havia dois quartos e um banheiro, todos com as portas fechadas. Os
rapazes foram caminhando lentamente pelo corredor onde também havia uma
janela em que era possível avistar a rua. Alex lembrou que uma vizinha
disse ter visto alguém naquela janela enquanto passava pela rua. Isso
deixou todos mais assustados ainda. Na parede ao lado da janela, várias
fotos de família, a maioria delas com um casal e três crianças. O pai de
Alex continuava a filmar tudo. Ainda morrendo de medo, Albert forçou as
maçanetas das portas dos quartos e do banheiro, mas não conseguiu abrir
nenhuma delas. E quando eles pensaram que não havia mais nada para ver
e já estavam preparados para ir embora, ouviram um leve ranger na porta
de um dos quartos. E quando clarearam a porta com a lanterna, havia uma
garota olhando para eles. Ela tinha uma aparência muito estranha. Tinha
a aparência de alguém muito doente. Ela era magra e usava um pijama
amarelo contendo algumas manchas escuras que pareciam ser sangue. A
menina fez um olhar de alguém muito triste e fechou a porta batendo-a
violentamente. Os quatro correram e desceram as escadas rapidamente.
Albert que estava por último, tropeçou, caiu e fraturou o braço, mas no
seu desespero, conseguiu junto com os outros sair da casa e pular o
muro. O susto foi tão grande que Albert desmaiou e tiveram que acordar
os seus pais no meio da madrugada para levá-lo ao hospital.
Depois do susto, os rapazes contaram tudo o que aconteceu
naquela casa. Mostraram até a gravação que fizeram lá dentro. No áudio
da gravação, os sons de passos no andar de cima foram captados, mas no
momento em que a garota apareceu, o pai de Alex tremeu tanto que só um
vulto foi registrado no vídeo. Lenny disse que a garota parecia com uma
das crianças que estavam nas fotos na parede da casa.
Ninguém voltou a entrar naquela casa. Também nunca descobriram o
que aconteceu com a família que lá morava e quem realmente era aquela
garota. Os “fenômenos” não só continuaram a acontecer, mas aumentaram
ainda mais.
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